sábado, 12 de abril de 2008

Fadas.

'Tua figura suave
delicada
nem parece que vive, parece bordada,
- como a boneca de seda de um desenho
de uma antiga almofada
que eu tenho...

Teus gestos, teus embaraços
fazem lembrar finos traços
de uma filigrana,
e tão frágeis me parecem, tuas mãos, teus braços,
que nem sei se és de carne ou se és de porcelana...

Bonequinha de louça
linda moça,
tua alma é um fio de seda, estou bem certo,
e a minha imaginação
criou para o teu destino uma lenda encantada:

- jura que tu fugiste de algum livro
e que eras a ilustração
de uma história de fada !



( Poema de JG de Araujo Jorge extraído do livro
"Os Mais Belos Poemas Que O Amor Inspirou"
Vol. I - 1a edição 1965 )

sexta-feira, 28 de março de 2008

A garota sonhadora....

Certa época, numa linda mansão perto de uma floresta encantada, vivia Mary, uma linda garota. Apesar de estar ao lado de uma bela família, era triste, pois seu padrasto Pedro a mal-tratava, além de atrapalhar seus grandes e belos sonhos.

Mary lutava por seus sonhos, e o maior deles era se tornar uma Pop Estar. Um belo dia foi à floresta encantada e avistou um palco mágico entre umas folhas de ouro com cristas. Mary ficou muito contende, e teve vontade de cantar um pouco, foi a sua mansão buscar seu microfone, quando chegou, viu que já estava escurecendo, e resolveu voltar na manhã seguinte. Quando amanheceu Mary foi à floresta, Pedro a segiu, e ao ver Mary cantando em cima de um mágico palco ficou com raiva e muita inveja, e resolvel acabar com aquilo, porque não teve mais ou menos algo parecido com o que Mary estava tendo na infância.

Então, Pedro resolveu pegar uma folha de ouro, sabendo que era muito dura, e jogou-a em direção ao microfone de Mary para quebrá-lo, mas a folha voltou em direção a sua cabeça e ele desmaiou. Não demorou muito para Pedro levantar-se. Ele e Mary voltaram a sua's mansão. Lola, mãe de Mary, viu um percebido "galo" na cabeça de Pedro, e perguntou o que tinha conhecido, Mary lhe contou.

A folha que acertou Pedro tinha um certo pó mágico que encantou Pedro com a bondade. Pedro arrependeu-se do que fez com Mary e resolveu dar muito apoio nos sonhos da bela garota.

A tarde, Mary planejou um "show", iria cantar. Convidou Pedro, Lola, Kevin seu irmão mais novo e Nick, o mais velho. Pedro lembrou-se que quando estava na floresta, Mary estava contando muito bem. Convidou Fotógrafos e homens para a filmar.

O show começou, as flores de rubi se abriram, e delas saíram o fundo da música que Mary cantaria, o microfone s levantou no fundo no palco, e lá estava Mary, deslumbrante, sua roupa tinha brilho em eixo, estrelas estavam desenhadas nela. Naquela certa hora, Lola convidou seus outros parentes aproximados e também os desandes. Chegaram a um piscar de olhos. Os aplausos iam de aumentando, eram de estourar.

O "DVD" do show lançou, e as fotos ficaram gravadas na internet, reportagens do show estavam nos jornais e revistas, as gravadoras imploravam para uma CD gravar. Mas o melhor, é que Mary gravou seu primeiro CD na melhor gravadora do país. Foram gravadas mais um milhão de copias, Mary dava muitos autógrafos, muitos fãs tinha. Sua família tinha muito orgulho de Mary!



E sim Mary foi eleita como a melhor cantora da América do sul, sua felicidade e emoção eram enormes e seu sonho estava realizado. Mary se casou com o cantor e ator Zac Efron, e viveram felizes para sempre. Esse sim é um final feliz...


Camila Honório Bontempo. Conto maravilhoso.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Canção.

Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
-depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.

Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.

O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...

Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.

Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.

Cecília Meilreles

Primeiro motivo da rosa.

Vejo-te em seda e nácar,
e tão de orvalho trêmula, que penso ver, efêmera,
toda a Beleza em lágrimas
por ser bela e ser frágil.

Meus olhos te ofereço:
espelho para face
que terás, no meu verso,
quando, depois que passes,
jamais ninguém te esqueça.

Então, de seda e nácar,
toda de orvalho trêmula, serás eterna. E efêmero
o rosto meu, nas lágrimas
do teu orvalho... E frágil.
Cecília Meirele

terça-feira, 18 de março de 2008

Universo.

O universo sem sentido capota
Bem em frente à minha porta
E minha cabeça não comporta
A forma como as coisas querem funcionar

Se uma constelação de estrelas
Dança ao meu redor querendo sambar
Será que a vida é desespero
De não entender ou não querer explicar ?

Rompeu-se a face do destino
E espero que ele saiba sonhar
Antes que a morte leve a todos
E o desejo mude-nos de lugar

Destruição, fogo, fúria
Delírio eterno, a mostrar suas cores
Paixões distantes, realidade constante
Os sete perpétuos e seus amores

Um horizonte estranho se avizinha
Pensamentos se reordenam
Ações desordenam
E o universo continua a dançar...

Edney Souza

segunda-feira, 17 de março de 2008

Minhas amigas.

Eu já falei até de mais..... sobre poemas, redações e diversos. Mas agora vou falar das minhas melhores e verdadeiras amigas..... São elas, Camila Romão, Camila Vinhal, Isadora, Lorena. São elas que estão a todo o tempo comigo, em minhas festas, etc. São elas com quem eu posso revelar todos os meus mais secretos segredos. são elas que me compreendem. São elas que me ouvem. Elas são minhas melhores e verdadeiras amigas.
Amo vocês,garotas!
Camila Honório.

sábado, 15 de março de 2008

Bichos virtuais.

Acho doentio o comportamento de quem trata animais como seres humanos. Tive experiências desagradáveis com vizinhos desse tipo em São Paulo. Os caras chamavam cãozinho de "meu bebê", colocavam os bichos na cama, criavam meia dúzia de poodles numa casa de vila e não se importavam de eles fazerem uma barulheira desgraçada, incomodando todos os humanos do quarteirão.

Em Ilhabella, o problema é com o turista que leva cachorro para passear na praia. Tenha dó. Além de ilegal, isso gera um enorme problema de saúde pública. A criançada da ilha tem muito mais doenças de pele do que os paulistanos, por conta de urina e fezes que esses animais deixam na areia.

O Astor e a Naná, meus pastores alemães, ganham bastante carinho de toda a minha família. Mas não entram dentro de casa. E quando incomodam uma visita, ficam presos na área de serviço.

Deveríamos usar bichos virtuais para ensinar os seres humanos a se relacionarem com animais de uma maneira mais equilibrada. Lembro como se fosse hoje a febre do Tomagotchi, em 1996. Um aparelho simples, que simulava as funções básicas de um ser vivo, e colocava em nossas mãos a responsabilidade de alimentá-lo, dar carinho e atenção.

Em dois anos, 40 milhões de unidades foram vendidas em todo o mundo. Seu criador, Aki Maita, fez do conceito de virtual pet uma coisa popular. [...]

Um Tamagotchi tem a forma de um pequeno ovo plástico, com uma tela de cristal líquido em preto-e-branco. Possui três botões, pelos quais é possível interagir com o bichinho.

Quando a gente liga um Tamagotchi pela primeira vez, um pequeno ovo aparece na tela. Em um minuto, a casca começa a rachar, e aparece uma pequena criatura. Apertando os botõezinhos, a gente alimenta o Tamagotchi, brinca com ele, limpa sua casinha ou dá remédio quando ele fica doente. Os botões também permitem checar sua idade, peso, fome, nível saúde e caráter. [...]

Se tudo isso era possível para um ovinho de plástico vendido por cerca de US$10 há 9 anos, vocês podem imaginar o que está rolando hoje? Um cachorro robô Aibo, da Sony, vendido hoje por US$1.8 mil, tem milhares de nuances de personalidade. E ainda pode mudar o canal de TV, entender nossos comandos de voz ou funcionar como webcam sem fio, vigiando nossa casa.

Um Aibo ainda não pode me dar o carinho que recebo do Astor e da Naná. Mas em poucos anos a tecnologia vai nos colocar diante de seres cibernéticos capazes de desafiar nossa inteligência e confundir nosso .

Ricardo Anderáos.


A dança e a alma.

A dança? Não é movimento,
súbito gesto musical
É concentração, num momento,
da humana graça natural.

No solo não, no éter pairamos,
nele amaríamos ficar.
A dança - não vento nos ramos:
seiva, força, perene estar.

Um estar entre céu e chão,
novo domínio conquistado,
onde busque nossa paixão
libertar-se por todo lado...

Onde a alma possa descrever
suas mais divinas parábolas
sem fugir a forma do ser,
por sobre o mistério das fábulas.

Viola de bolso(1950-1967)
Carlos Drummond de Andrade

Decepções.

Até onde um grande amor
Pode ser imortalizado
Até onde a musa inspiradora
Pode ser idealizada

Sem ser uma grande ilusão
Sem criar expectativas exageradas
Sem ser uma grande decepção
Sem deixar emoções destruídas

O sonho é possível ser sonhado
Independente de quanto tempo dorme o sonhador
Somos capazes de viver apaixonados
Independente de quão intenso é nosso amor

A dose certa sempre será
A dose de alegria que você expressa
Uma dose que contagia e envolve
Que sem pressa te contagia depressa

Sem medo do sofrimento
Podemos novos horizontes alcançar
E se o envolvimento é para ti um fardo
Deixe-me ajudá-la a carregar

Quem sou eu ? Você pergunta ?
Como se eu soubesse responder
Ainda estou descobrindo quem sou
Queria que me ajudasse a entender...

Mas o tempo passa e não se volta atrás
O passado serve de lição
Para não cairmos nas novas armadilhas
Que nos pregam nosso coração

E agora mais experientes
Voltemos a amar
Esqueçamos as dores e tristezas
Para novos amores conquistar...

Edney Souza